A Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) fecha o ano de 2023 com crescimento em todas as suas frentes de atuação. Comparado a 2022, o movimento de expansão foi de 19% no número de animais registrados, 35% entre os classificados, 13% nas vacas em controle leiteiro e aumento de 26% nos testes de sanidade de animais (totalizando quase 100 mil diagnósticos realizados). Este ano também foi marcado por novas parcerias e pela celebração dos 70 anos de existência da entidade — que já anuncia novos projetos para 2024.
O presidente da APCBRH, João Guilherme Brenner, listou algumas das principais realizações da entidade em 2023, como por exemplo o upgrade dos softwares disponibilizados pela associação. Também merece destaque a adequação e a ampliação do laboratório de sanidade. “Adquirimos novos equipamentos que possibilitam fazer exames moleculares, com a tecnologia mais avançada do mundo. Entramos em uma nova era na detecção de agentes que causam diversos problemas, entre eles as mastites e a diarreia viral bovina (BVD)”, exemplificou.
Assim como ocorreu nas sete décadas de história da APCBRH, 2023 foi marcado por parcerias frutíferas. Um desses trabalhos ocorreu junto com a Cooperativa Frísia, com sede em Carambeí, que atuou junto à associação para fazer planos de melhoramento genéticos aos rebanhos de cooperados. Já com a Castrolanda, sediada em Castro, foi instituído um projeto de controle leiteiro oficial. “Iniciativas como essas contribuem para a melhoria dos rebanhos, animal por animal. Os dois projetos que estão dentro do Programa Leite Mais Saudável, conduzido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)”, pontua Brenner.
Ainda nos projetos em parceria, com entes do poder público e privado, a APCBRH ampliou as alianças estratégicas com novos parceiros ouro. Agora, fazem parte desse seleto grupo as marcas Semex, CRV, Select Sires, Phibro, Cow Med, Genex, Paraná Banco, Zinpro, Macrogen, Feno Rio Paraná, Neogen e Calbos. “A parceria com essas organizações revela de forma contundente a dedicação e qualidade com que a associação se insere no contexto da produção de leite do Paraná”, avalia João Guilherme Brenner.
Participação em exposições
Como entidade que usufrui de credibilidade a nível global, a APCBRH participou de diversas exposições do circuito da raça holandesa, apoiando em trabalhos de seleção e admissão de animais. “Trabalhamos praticamente em todas as exposições do circuito que são homologadas no Paraná. Além disso, apoiamos os produtores do estado a se inserirem em eventos de associações de toda a América. Para isso, temos um circuito de julgamento de animais remoto, no qual os jurados fazem a seleção dos animais por vídeo e foto. Isso é muito importante para levar a genética do Paraná ao cenário norte-americano”, detalha o presidente.
70 anos
No ano em que a APCBRH completou 70 anos, o presidente reflete que as ações de 2023 seguiram um norte que sempre foi uma constante na história da associação. “Nossa caminhada aqui inclui valores, diálogo, respeito, uma boa comunicação, um ambiente familiar, e isso desde o conselho técnico, da diretoria, os gestores da APCBRH e todos os colaboradores”, enumera.
O ano comemorativo foi marcado pela elaboração de campanhas, uma revista digital e materiais de divulgação, com uma festa prestigiada por representantes de todos os elos da cadeia dos lácteos e da produção agropecuária. “Nós também retomamos o troféu Agroleite como melhor associação de criadores em 2023, o que nos honra muito. Foi a coroação do nosso trabalho e isso representa mais uma vez que a APCBRH é uma referência para os produtores”, celebra o presidente.
Votos para 2024
Os últimos dois anos foram marcados por uma crise no setor de lácteos, o que evidenciou a necessidade de se investir cada vez mais em indicadores de qualidade para maior segurança na tomada de decisões. “Nos momentos de crise, eu sempre digo, não temos que ter preocupação, temos que ter ocupação. É dessa forma que vamos conseguir amenizar a crise dentro da porteira, com mais tecnologia, com mais dedicação, trabalhando melhor nossos colaboradores, para que possamos ter resultado”, orienta Brenner.
Em 2024, a associação deve seguir essa linha de aprimoramento constante. “Vamos amadurecer o trabalho que começamos em relação a ácidos graxos e trazer, a partir de março e abril, um simulador de rentabilidade vaca a vaca, ou seja, produção de leite versus custos de alimentação. Temos feito bastante o trabalho genético, que tem sido vital para o desenvolvimento da cadeia dos lácteos, mas precisamos trazer um lado econômico também”, direciona o presidente.
Brenner enfatiza que a velocidade frenética de evolução do mundo precisa ser incorporada no dia a dia do campo, mas (novamente) com serenidade. “Com paz de espírito, valores elevados, respeito ao outro, ao diálogo, ao diferente, nós vamos conseguir passar para 2024 e melhorar. Sempre é assim, não deveria ser, mas aprendemos mais na crise. E a crise de 2022 e 2023 foi uma grande fonte de aprendizado. Desejo a todos nós, associados, colaboradores e parceiros, que tenhamos um feliz natal e que 2024 seja um ano de muitas realizações”, finalizou.
