A Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) tem acompanhado de perto os efeitos da importação de leite, especialmente da Argentina e do Uruguai, sobre os produtores de leite brasileiros. A compra do produto dos nossos vizinhos tem refletido principalmente em aspectos de competitividade e sustentabilidade do segmento e contribuído, nesse momento, para o movimento de baixa nos preços do leite no país.
Reconhecemos a relevância do comércio internacional para o desenvolvimento econômico e o fortalecimento das relações comerciais entre os países. No entanto, é necessário avaliar de forma criteriosa os impactos que essa importação pode trazer ao setor leiteiro paranaense e do Brasil. É essencial assegurar que a balança comercial brasileira seja justa e equilibrada, de modo a não prejudicar o setor de lácteos nacional.
Cabe lembrar que o Brasil possui um potencial imenso na produção de leite, sendo um dos setores agropecuários mais eficientes e tecnologicamente avançados. Mas os produtores brasileiros enfrentam desafios críticos, como altos custos de produção, exigências sanitárias rigorosas e uma cadeia de suprimentos complexa. A importação desenfreada de leite pode colocar em risco a sustentabilidade dos produtores nacionais e colocar em risco milhões de empregos.
Por isso, a APCBRH tem atuado no sentido de que o poder público se sensibilize com a situação dos produtores de leite e evite o agravamento dos problemas que já enfrentamos. Fazemos isso em colaboração com entidades representativas do setor, como o Sindileite-PR, o Conseleite, a FAEP, a Ocepar, entre outras; bem como levando a demanda a órgãos governamentais, como a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado do Paraná (Seab) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).