O Laboratório de Sanidade Animal oferece serviços de diagnósticos para manter seu rebanho mais saudável. Realizamos um levantamento epidemiológico das principais doenças que impactam na rentabilidade de uma atividade leiteira. Confira as principais:
DIARREIA VIRAL BOVINA (BVD) - Causa diferentes tipos de problemas para os rebanhos acometidos: imunossupressão, distúrbios respiratórios, distúrbios entéricos, distúrbios reprodutivos. As maiores perdas econômicas estão associadas à sua interferência sobre o trato reprodutivo, podendo levar à redução das taxas de concepção, aumento do número de abortos, malformações, bezerros que não sobrevivem após o nascimento e ainda, o nascimento de bezerros PI (permanentemente infectados e imunotolerantes ao vírus).
Benefícios do controle da BVD:
- Animais mais produtivos.
- Menor incidência de doenças como pneumonia, mastite e diarreia.
- Mais saúde para o rebanho, por comprometer o sistema imunológico.
- Melhor resposta de anticorpos no uso das vacinas.
- Maiores taxas de concepção.
- Menores taxas de mortalidade.
- Menos perdas embrionárias e abortos.
NEOSPOROSE BOVINA - Maior causa de abortos em bovinos no mundo, tem grande impacto econômico por causar problemas reprodutivos. Além de abortos, pode levar a perdas gestacionais, repetições de cios e nascimentos de bezerros fracos e ou natimortos. A importância econômica da neosporose bovina é atribuída principalmente aos custos associados ao aborto, ao valor dos fetos, à inseminação artificial ou à cobertura, à diminuição da produção de leite, ao aumento do descarte e à reposição dos animais.
Benefícios do controle da doença:
- Menor intervalo entre partos.
- Maior produção de leite em sua vida produtiva.
- Nascimento de mais bezerras.
- Rebanho saudável e produtivo.
- Melhoria dos índices reprodutivos.
RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA (IBR) - É uma infecção específica dos bovinos provocada pelo herpes-vírus que não causa só problemas reprodutivos como também pode provocar lesões em outros locais do organismo do animal. Pode causar abortos e infertilidade temporária, repetição de cios, morte embrionária, abortamentos e natimortalidade. As maiores perdas econômicas estão associadas aos abortos e repetições de cio.
LEUCOSE BOVINA - A leucose enzoótica dos bovinos é uma doença infecto-contagiosa caracterizada pelo aparecimento de tumorações com infiltração mononuclear em órgãos ricos em tecido linfóide, como os linfonodos, o abomaso, o coração, o útero, o baço e os rins; e também caracterizada por alterações hematológicas, baseadas na detecção de leucocitose por linfocitose com aumento das formas linfocitárias atípicas. As perdas econômicas envolvem o descarte precoce dos animais, redução na produção de leite em cerca de 11%, e uma maior suscetibilidade à ocorrência de enfermidades (imunossupressão). A doença pode ser transmitida através da ingestão de leite ou colostro contaminados, transfusões de sangue, premunições e fômites (agulhas, tatuadores, material cirúrgico, etc.). Bovinos de todas as idades podem ser infectados, entretanto, os animais adultos apresentam percentuais de infecção mais altos.
TUBERCULOSE BOVINA - Doença de controle obrigatório, de acordo com as legislações vigentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (regulamento técnico do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal - PNCEBT). A tuberculose bovina é uma doença causada por Mycobacterium bovis. Ela se torna crônica nos animais e é transmissível para o homem. Nos bovinos, a doença causa lesões em diversos órgãos e tecidos, como pulmões, fígado, baço e até nas carcaças. O médico veterinário habilitado (PNCEBT/MAPA) atuará na realização de testes diagnósticos de tuberculose, encaminhamento de amostras para laboratórios credenciados. O teste oficial é realizado com a aplicação de TUBERCULINA intradérmica, seguida de uma resposta dependente da reatividade celular. No teste de ELISA os animais têm uma resposta humoral, ou seja, mediada por anticorpos.
Os dois testes são complementares para o sucesso do controle da tuberculose na propriedade. Isso porque alguns animais podem ter resultado falso negativo no teste oficial, e o teste de ELISA ajuda a sanar este problema. Testar e eliminar animais positivos da propriedade é estratégia indispensável para o produtor que queira erradicar a tuberculose em seu rebanho.
DIAGNÓSTICO DE PRENHEZ PELO LEITE - Verifique se as vacas estão prenhes a partir de 28 dias após a inseminação artificial (IA), monta natural ou implante de embriões. “Vamos te ajudar a encontrar vacas abertas”.
Como o teste funciona
- Mede as glicoproteínas associadas à gravidez (PAGs) para determinar o estado de prenhez. As PAGs são liberadas pela placenta durante a gravidez e são específicos da gravidez, ao contrário de alguns outros indicadores químicos, como a progesterona.
- Utiliza tecnologia ELISA, um método de diagnóstico rápido e confiável com alto nível de precisão (+ 98%); comparável à palpação e ultrassom.
- Eficaz a partir de 60 dias após o parto e 28 dias após a cobertura ou monta.
Quais as vantagens do teste:
- Utilize as mesmas amostras do controle leiteiro e/ou gestão de qualidade ou envie amostras a qualquer momento através dos frascos de tampa vermelha (o mesmo de coleta para composição e CCS).
- Quando não estiver usando a amostra do dia do controle leiteiro e/ou gestão de qualidade, você pode retirar o leite diretamente do teto, após o descarte dos 3 primeiros jatos, o leite de 1 quarto mamário já e o suficiente.
- Com o diagnóstico de prenhez pelo leite você não precisa manejar vacas em canzil e ou tronco, é um teste invasivo que aproveita o manejo diário de ordenha para coletar as amostras.
- O teste não dispensa o atendimento técnico veterinário, porém da liberdade a propriedade realizar testes e conhecer seus animais prenhez ou vazios a qualquer momento.
- Auxilia a assistência veterinária no manejo reprodutivo, dando ênfase realmente em vacas vazias, assim tendo tempo para auxiliar em outras áreas da propriedade.
Sugestão para utilização: Use os relatórios do controle leiteiro para identificar vacas que você deseja testar, sendo vacas acima 60 pós-parto e vacas inseminadas com mais de 28 dias e vacas para reconfirmar antes da secagem.
Prazo para a emissão dos resultados: O prazo é de 1 dia útil após a entrada das amostras no laboratório.
- Como solicitar o teste:
- Solicite ao controlador de leite de sua propriedade.
- Aos técnicos da APCBRH (LINK DO SITE)
- Entre em contato diretamente pelo PARLEITE ou pelo WhatSapp.
CUIDADOS NA COLETA: Ao realizar a coleta pelo medidor de leite ou copo coletor de amostras, verificar se há leite residual entre uma vaca e outra. Em alguns casos em que a mangueira do leite é longa pode ocorrer de fica uma alíquota de leite entre uma vaca e outra. Essa alíquota pode influenciar no resultado do teste do animal. Quando verificado a ocorrência de leite residual entre uma vaca e outra, optar por coletar diretamente do teto do animal.
Perguntas e Respostas:
- O Teste de Prenhez pelo leite substitui o Médico Veterinário? Não. O teste deve ser utilizado como uma ferramenta de apoio dentro do programa reprodutivo.
- Preciso coletar uma nova amostra de leite para o teste de prenhez pelo leite? Sim. Deve ser solicitado ao departamento um kit específico para a coleta.
- Como é emitido o resultado do teste de prenhez pela amostra do leite? O teste pode apresentar 3 resultados, sendo: “Prenhe, “Vazia” ou “Reteste”. No caso de “Reteste”, deve-se repetir a análise no mês seguinte.
- Se a vaca está prenhe, mas o teste de prenhez diz que está vazia, o que faço? Você poderá tomar uma ação imediata com o animal, conforme orientação do seu médico veterinário.
- Uma vaca que abortou, pode apresentar resultados positivos no teste de prenhez? Sim. Até 10 dias após aborto, o nível de proteína pode continuar elevado e o resultado pode ser POSITIVO. Recomenda-se que sejam feitas 2 análises consecutivas para reconfirmação.
- Como solicito o teste de diagnóstico de prenhez pelo leite? Você poderá solicitar através do mesmo requerimento utilizado para as análises de IBR E BVD.
- Existe algum cuidado na coleta da amostra? Assegure que o copo coletor de amostra e/ou medidor de leite foi completamente esvaziado entre uma vaca e outra, para evitar contaminação da amostra seguinte.
- Posso congelar a amostra? Sim, a amostra pode ser congelada. Porém se a mesma for destinada para CCS e Composição não poderá ser congelada.
- O teste pode ser realizado no sangue, ou somente no leite? O teste de prenhez e realizado somente pelo leite.
Fale com a APCBRH!
(41) 2105-1733